Na ultima semana conversei com o bibliotecário Edson Alves Feitosa, responsável pela biblioteca do Senac Consolação. Tivemos um bate papo sobre o papel do bibliotecário como promotor, agente cultural.
Edson já participa de ações envolvendo cultura há muito tempo, sempre foi rodeado por arte e por isso sua opinião é muito relevante, não apenas para bibliotecários, como para todos que se interessam por Cultura em geral.
Segue a transcrição das perguntas mais interssantes respondidas por Edson:
Edson, como você se envolveu em projetos/ações culturais?
Desde criança gosto de arte. Meu pai tinha muito contato com artistas e minha casa sempre estava repleta deles. Sempre estava envolvido com o que acontecia no meu bairro... minha primeira vez foi no colégio quando criamos um grupo de leituras para desenvolver na aula de literatura trabalhos de leitura crítica, na época líamos Fernando Pessoa e Camões, ora pois! Mas comecei a me relacionar, profissionalmete, com ações/projetos culturais desde que comecei a trabalhar em bibliotecas.
Quais projetos você está envolvido atualmente?
Atualmente Copa do Mundo (futebol): exposição e apresentação de documentário e concurso de imagens; Semana do Meio Ambiente: exposição com produção de jovens da Fundação Casa em parceria com CENPEC; um festival de arte chamado Free Art Fest, Semana de Inclusão Educacional; uma exposição de Quilt (Origami), uma jornada na cidade de São Paulo sobre o tema “A banalidade do mal”. Todas Estas atividades acontecerão entre os meses de maio e setembro.
Você acha que há poucos bibliotecários atuando em projetos/ações culturais?
Não posso afirmar que tenha pouco ou muito, mas tenho visto bastante colega de profissão envolvido com a promoção da leitura e ações culturais, quando há espaços eles ocupam.
Qual o papel do bibliotecário como agente cultural?
Promover o acesso a leitura e informação, não cabe a nossa profissão julgar, selecionar e definir o que é certo ou errado, essa é uma decisão do usuário, de quem participa da ação desenvolvida.
Quão importante é o apoio, patrocinio de instituições privadas em projetos direcionados à cultura?
Fundamental, mas com cautela. Não podemos nos prostituir pelo capital, temos que ter clareza do que pretendemos e quando for o caso saber dizer não ao capitalismo selvagem que só vê o marketing sem responsabilidade social verdadeira.
É possivel identificar algum resultado de alguma ação/projeto cultural que teve sua participação no passado?
Claro que observamos após algumas ações o contentamento de nosso usuários e quando ficamos por algum tempo sem algo acontecendo eles manifestam que sentiram falta. Acredito que o resultado de ações culturais não sejam percebidos contando o numero de participantes e sim na transformação interna que ela poderá realizar na vida inteira daquela pessoa. Um bom exemplo são os adultos que aprenderam a gostar de ler por ter passado por experiências agradáveis na sua infância.
A entrevista ficou muito interessante. Iniciativa excelente, esta opção por dar voz e valorizar profissionais que atuam de forma diferenciada.
ResponderExcluirgostei desta iniciativa em relação à cultura. Parabéns Nica
ResponderExcluirQue legal! Precisamos de mais blogs com este conteúdo.
ResponderExcluirAmei este blog! O Brasil está necessitando de jovens como voces com atitudes e pensamentos transformadores , que tem iniciativa de buscar informações para a melhoria da nossa cultura.
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